Seu olhar turvo denunciou o que viria a seguir.Os caixos claros dançavam no ar, brincando em volta de sua cabeça. Os olhos, já escarlate devido a grande quantidade de lágrimas por eles despejadas, negavam o óbvio. Em suas mãos, o sangue tilintava. As vibrações intensificaram-se com o choro.Por quê?, era o que ela perguntava. Ele estava ali há poucos instantes brincando ao seu lado, ignorando qualquer medo ou culpa que pudesse-lhe consumir. Agora, um buraco em seu peito era sua marca registrada. O assassino frio e mascarado se foi, levando consigo a glória e uma vida. A vida dele.Ainda sem reação, a menina assentiu. Poderia ligar para a polícia, para uma ambulância ou para seus pais. Do que adiantaria? Agora, ele estava morto.O brilho do seu olhar se apagou. Meras palavras não justificariam o fato. Nada valia a pena.Ele tinha ido embora e, dessa vez... Para sempre.Por Luísa V. Newlands
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
(Texto) Adeus eterno
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário