Em um universo pré-apocaliptico, pergunto-me todas os dias se algo ou alguém realmente existe. Não o fato da existência de matéria no vácuo. A existência filosófica. A essência humana. Aquilo que difere um homem de um rato. Seriam apenas seis genes?Dentro do crânio está guardado um dos órgãos mais importantes do corpo. Não é o fato de controlar todas as ações que o faz tão relevante. O cérebro humano tem uma capacidade de reconhecer o certo e o errado. Na idade em que vivemos, em um universo cercado por tecnologias e novas descobertas, aquilo de mais sagrado parece a cada dia ser esquecido. O caráter.Os dias parecem passar mais rápido. Somos bombardeados de novas informações quase vinte e quatro horas por dia. Nesse universo cheio de apostas e incertezas... A certeza é única. O homem não pensa em nada mais do que si mesmo.Pare e reflita: quando uma criança, com dois anos de idade, ganha duas bonecas... Ela pensará em dar uma de presente à outra carente? Ou um jovem, quando ganha dinheiro, prefere gastar tudo para sair a noite ou doar a quem precisa? Adultos, quando recebem seus salários apenas gastam com suas próprias despesas que, a cada minuto, parecem se multiplicar?Em um novo mundo, a sociedade mudou. Porém, desde os primórdios, o homem já se preocupava consigo unica e exclusivamente. Os anos passaram e a forma antropocêntrica de pensar apenas virou "cêntrica". Sempre seremos o centro. Sempre seremos os únicos.E não importa se uma pequena massa de pessoas ligue para o futuro do planeta. Caminhamos para uma degradação própria. Um tiro no próprio pé. Quando pararmos para ver, da mesma forma que nos preocupávamos com apenas nossas cabeças... As outras estarão alinhadas ao chão, começando uma nova guerra. O fim dos tempos... Ou o começo de outros?Por Luísa V. Newlands
domingo, 13 de fevereiro de 2011
(Texto) O começo do fim
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